Tema central no Brasil é a questão da violência
Hoje o tema central no Brasil é a questão da violência. Pelos quatro cantos, observamos que ela está intrínseca na sociedade e já faz parte dela. Instituições corruptas, o narcotráfico, a exclusão social e até a própria falta de definição do tipo de ser humano que queremos entre outros são os fatores mais visíveis de violência quanto à pessoa humana, o Estado de direito, e a Democracia (tão duramente conquistada).
A violência que assola o país, é a violência dos grandes contra os pequenos. Ela existe deste os tempos do descobrimento do Brasil. Primeiro contra os índios (segundo Darci Ribeiro eram 6 milhões, hoje restam uns poucos duzentos mil, menos da metade vivendo em reservas indígenas) depois contra os negros, que por quase três séculos viveram a escravidão oficial.
‘’E preciso tapar os buracos dos ratos”. Os ratos que dominam, oprimem o povo. Eles ocupam o Estado, estão na vida pública, domina o capital, o dinheiro, as maquinas e definem suas margens de lucro. Como consequência temos a má distribuição de renda, o desemprego, a miséria, os sem-teto, os sem-terra e os sem amor…e o resultado é o aumento do índice de violência.
“Não dá para ser santo vivendo como lixo. A fome mata calma. O que o olho vê, o coração sente: cadê a minha comida, minha escola, minha casa, meu emprego, meu salário”. Acho que ele cansou de esperar.
Estamos entrando no caos. Estamos nos familiarizando com a violência. É o medo social. É na verdade a cultura da violência. É a relação entre fortes e fracos, ricos e pobres. O que fazer? Globalização! Mas não apenas globalizar empresas, mercados, o capital financeiro. Vamos globalizar a comida, a renda, à autodeterminação dos povos, os recursos naturais, o conhecimento, as minorias.
Precisamos de uma nova política. É fundamental deixar claro que tipo de ser humano queremos ser. Estamos diante de um dilema. Vamos parar para pensar?