A brincadeira que dá certo na escola

Já se foi aquela época de repetir conhecimento, de aprender só por aprender. Hoje as crianças aprendem muito mais quando são estimuladas a descobrir as coisas quando refletem, formulam ideias e constroem seu próprio conhecimento e, principalmente, quando se divertem.

Infância e brincadeira combinam tanto que é bem possível levá-las para a educação. Um jogo nunca é um simples jogo. A criança que joga aprende a esperar a sua vez, a perder, a tolerar frustração, a pensar e a experimentar regras sociais. Descobre que regras não podem ser quebradas e que servem para deixar a vida mais organizada. Assim como brincar de mamãe e filhinha não é apenas cuidar de uma boneca, pois a criança que personifica, que brinca de faz de conta, aprende a se colocar no lugar do outro. Além disso, desenvolve a imaginação e a criatividade e descobre como vivem e o que sentem as pessoas.

Brincadeira na escola
Brincadeira na escola

Uma aprendizagem integral

Crianças com dificuldades para aprender, comumente, vêm acompanhadas de histórico de repetência, e com aquele estigma por não terem aprendido a ler ou escrever. Utilizar o mundo das letras e os jogos na aprendizagem desses alunos é fundamental. É preciso brincar com as letras soltas do alfabeto, escrever seus nomes, jogar forca, fazer palavras cruzadas, brincar de Bingo, folhear livros com figuras, fazendo desses momentos diversão misturada com construção do conhecimento.

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Com as crianças que não entendem muito bem matemática é preciso trabalhar com coleção de tampinhas, palitinhos, bolinhas de gude, para ensinar cálculos. Com as tampinhas, por exemplo, adicionamos, subtraímos, dividimos e multiplicamos. Esses são conceitos matemáticos difíceis de entender. Por isso, quando a criança brinca de dividir tampinhas com os seus super-heróis fica bem mais gostoso aprender o que é divisão e construção do conceito ocorre brincando.

Trabalhar com jogos que envolvam ações de compra e de venda, com dinheiro “de mentirinha”, que ensinam a criança a desenvolver o raciocínio lógico-matemático é um jeito bastante prático que deve ir para a sala de aula. Quando a criança compra aprende a lidar com dinheiro, a reconhecer as notas, a somar e a subtrair e a ver quanto dá de troco.

Aprende sobre seguro de vida, seguro do carro, fazer empréstimo no banco… Coisas que são muito pertinentes ao mundo adulto e que podem ser formuladas na infância, desenvolvendo noção de valores, como também de moralidade e de honestidade.

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Quando o lúdico e a educação caminham juntos despertam nas crianças outro olhar sobre o professor, que passa a ser visto como alguém legal e divertido, não como um chato, que só ensina coisas chatas. Por isso, além de fazer diferença no processo de ensino e aprendizagem, faz diferença na relação construída entre educando e educador. Criança que gosta do professor e que aprende sente prazer em ir para a escola. Fica animada porque lá será um ótimo lugar. Sairá da escola com vontade de logo voltar.

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