As cidades podem ser sustentáveis?

Nas décadas de 1970 e 80, a mecanização de atividades rurais expulsou para a periferia das cidades enorme contingente de trabalhadores. Estes, sem qualificação para atividades urbanas, passaram a viver em condições precárias e sub-habitações.

Manifestações e protestos: a América Latina numa encruzilhada

Se o Brasil vive um contexto social, econômico e político conturbado, não é diferente em outros países da América Latina. Com a ascensão de governos populares, contrariando poderosos interesses, grupos que sempre se beneficiaram das políticas de Estado saem às ruas para defender seus privilégios, quando não para defender retrocessos na democracia. Outros grupos dos movimentos sociais se manifestam em defesa das conquistas que beneficiaram as classes populares. Para a nossa entrevistada, a professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo, Cristina Soreanu Pecequilo, o quadro se torna mais grave e sem perspectivas a curto prazo, à medida que o continente se abre à interferência externa.

A sociedade líquida e a busca da felicidade

A sociedade líquida, conceituada por Zygmunt Bauman, é uma metáfora bem pensada para retratar o modelo vigente de sociedade subjugada à velocidade dos fatos, ao avanço tecnológico e ao sistema que envolve os indivíduos no mundo do consumo.

Viver é estar conectado?

“Quando se trata de tecnologia, é difícil definir o que seria uma relação ideal. Penso que seria encontrar as pessoas pessoalmente, podendo abraçá-las, conversar olhando nos olhos… Mas quando se pensa em comunicação, o ideal é aquilo que se tem agora: esta forma rápida e fácil de se comunicar e que está ao alcance de todos”.

A música como instrumento pedagógico

A música é um excelente instrumento pedagógico de caráter interdisciplinar. Para além do som, do ritmo, de melodia e harmonia, elementos constitutivos da música devem questionar o autor no contexto e pretexto de sua criação musical.

A escola e a cultura africana

A cultura afrodescendente foi folclorizada na educação formal. Pessoas que são a expressão viva dos saberes ancestrais são consideradas analfabetas em sua maioria, ou sofrem preconceito em relação às suas crenças, cor e cultura. Os livros didáticos, por vezes, inspiram valores que colocam a cultura negra como a cultura de um povo escravo-descendente, enquanto a cultura e o povo negro brasileiro são afrodescendentes. Por exemplo, por que Milton Santos, Cartola ou Dolores Duran não são contemplados nas páginas dos livros, em vez de tantas imagens de negros no tronco? Por que os conhecimentos produzidos nas universidades africanas e na civilização egípcia não são contados como cultura negra? Por que honramos datas com coelhinhos da Páscoa e Papai Noel e não valorizamos a história de Xangô e do reino de Oyó (Nigéria, África) do povo nagô ou dos griôs do Mali? Pensemos a respeito.

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